Page 102 - DEUSA DAS LETRAS
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Dário Teixeira Cotrim (Org.)
Com meus dezesseis anos, no entanto, voltei para o norte
de Minas e encontrei já aqui os meus queridos tios Olyntho e
Yvonne…
Ela não se contentara em viver em Francisco Sá. Embora
lá fosse professora e exercia a sua arte de pintar e poetar, aquela
era uma cidade pequena para o que almejava.
Ela queria fazer mais cursos e conhecer o mundo. E meu
tio, como um bom companheiro, quis contribuir para a realiza-
ção dos sonhos de sua mulher, trazendo-a para cá e abandonan-
do suas lidas como fazendeiro, amante da terra.
Aqui, ela estudou e, como sonhava, saiu daqui para fazer
cursos em outras paragens e viajou para além-mar.
Repartiu conosco todo o seu potencial, toda a sua baga-
gem, não somente de conhecimentos, mas de amor.
Eu sinto orgulho de tê-la como minha tia e de saber que
corre em minhas veias o mesmo sangue de nossos ancestrais, os
Utsch.
Minha querida tia Yvonne, receba as homenagens, que
tanto merece, do nosso Instituto Histórico e Geográfico e de
toda Montes Claros. Receba, também, o grande amor dessa sua
sobrinha, prima e admiradora.
Que seu nome jamais seja esquecido pelas próximas gera-
ções!
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