Page 48 - DEUSA DAS LETRAS
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Dário Teixeira Cotrim (Org.)
Montes Claros, Montes Claros de Ontem e de Hoje, e Folclore
para Crianças, (em parceria com Zezé Colares) e Brejo das Al-
mas – Contos e Crônicas, livro dela e do marido Olyntho Silvei-
ra. Foram muitos e muitos os prefácios para livros de amigos,
muitas as análises literárias, muitos poemas e crônicas, muitas as
peças para apresentações de teatro. Professora de tudo quanto é
escola em Brejo das Almas e em Montes Claros, nunca houve na
sua vida um dia de desemprego, trajetória do ensino primário
até a eficiência universitária. O cargo talvez mais elevado entre
os muitos que tem exercido seja o de Diretora da Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras do Norte de Minas, nossa querida
Fafil. Isso sem falar que foi professora de História das Artes no
Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernandez, ao tem-
po de D. Marina. Presidente da Academia Montesclarense de
Letras desde 1985, nunca teve vontade de deixar o cargo, nem
vai deixá-lo, dizendo-se sempre influenciada por Austregésilo de
Athayde, da Academia Brasileira de Letras, e por Vivaldi Morei-
ra, da Academia Mineira, que tiveram mandatos infinitos e exis-
tenciais. Só aos quase cem anos, ela admitiu passar o cargo para
“alguém mais novo/a”, acredito uma grande conversa da boca
para fora, porque de alma sempre nova, ela sempre sentiu a per-
petuidade do seu mandato. Iluminar, iluminar tudo, iluminar
todos, iluminar sempre, esse é o seu lema, essa a sua trajetória,
esse o seu dever, o que entende por sua missão.
Yvonne e Olyntho realizaram, lá pela meia idade, uma
mais do que querida adoção. Receberam, com muita alegria,
Ireni, Ireni Mota Carlos, que lhes deu dois netos: Maria Luíza
e Pedro Vinícius. O nascimento de Maria Luíza Oliveira Silvei-
ra foi elegantemente comemorado com um soneto de Olyntho,
um dos mais bonitos que ele escreveu. De Maria Luíza, curso
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