Page 49 - DEUSA DAS LETRAS
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A Deusa das Letras
superior de Enfermagem, casada com Leandro Pimenta Peres,
nasceu o bisneto Vinícius Silveira Peres, que já anda como ra-
paz, dá recados e faz as honras da casa quando chega uma visita.
Moram todos numa linda mansão da Rua Basílio de Paula, que
liga a Vila Brasília ao Bairro Todos os Santos, desculpem-me a
falta de modéstia, uma área das mais nobres. Para a época de an-
tanho do casamento, em Brejo das Almas, Olyntho e Yvonne se
uniram já bem coroas (76 anos de vida em comum), ele com 23,
ela com 18. E só se casaram depois de quatro anos de namoro,
porque Olyntho não lhe dava sossego, passando dia e noite de
bicicleta em frente à casa de D. Cândida e Niquinho Oliveira,
seu pai. Por falar em Niquinho, é bom dizer que ele, na verdade,
tinha um nome de literato e de orador e dois apelidos como far-
macêutico, um no Brejo, outro em Montes Claros: o normal era
Niquinho Oliveira. O outro, que lhe foi posto por Joaquim Sar-
mento, um dos seus melhores amigos, era Niquinho Açúcar, só
usado pelos mais íntimos. E por que Ninquinho Açúcar? Havia,
na Camilo Prates, da Padre Augusto até a Praça Doutor Carlos,
dois Niquinhos farmacêuticos: Niquinho Teixeira e Niquinho
Oliveira. O Oliveira, louro e brancão, como disse antes, de olhos
verdes; o Teixeira, um tanto quanto amorenado. Para distinguir
melhor, Joaquim Sarmento apelidou-os de Niquinho Açúcar e
Niquinho Rapadura, ficando assim bem mais clara a identifi-
cação. Yvonne e eu somos da fundação do Instituto Histórico
e Geográfico de Montes Claros. Ela tem como patrono o pai
farmacêutico Antônio Ferreira Oliveira e eu, o farmacêutico An-
tônio Augusto Teixeira, ambos fundadores do Rotary de Montes
Claros em 1926, o terceiro clube rotário do Brasil.
Quando não era ainda normais as viagens para outros pa-
íses, Dona Yvonne fez duas aventuras na Europa. A primeira
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