Page 55 - DEUSA DAS LETRAS
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A Deusa das Letras
conhecimento público de suas relações culturais. Ele as manti-
nha no silêncio de sua individualidade. Sobre ele disse Cândido
Canela: “As gerações futuras saberão admirar a obra e reverenciar
daqui a cem anos, ou mais, a memória de Brasiliano Braz”.
No Antelóquio do livro, como Olyntho Silveira designou
o Prefácio, ele esclarece ser “o segundo livro que traz o nome
de Brejo das Almas. O primeiro, de autoria do maior poeta do
Brasil contemporâneo – Carlos Drummond de Andrade – de
versos modernos, cuja filosofia, no estro inconfundível do vate
itabirano, não é de fácil interpretação. O segundo é este que o
leitor tem em suas mãos, infinitamente longe do conteúdo do
primeiro, nem só no seu estilo como na deficiência de substância
e no brilho das imagens.”
Mas o livro de Olyntho e Yvonne Silveira não é um livro
de poesias, nem mesmo de história. É um livro de crônicas, que
fixa histórias.
Olyntho Silveira descreve, no Antelóquio, fatos importan-
tes vinculados à História de Cruz das Almas das Catingas do Rio
Verde, Brejo das Almas das Catingas do Rio Verde, São Gonçalo
do Brejo das Almas, hoje Francisco Sá, e nos traz à lembrança o
intrépido Antônio Gonçalves Figueira, que foi também o fun-
dador de Montes Claros. Ele rebusca fatos a partir de 1760 e
descreve vivências históricas. Esses conhecimentos de natureza
histórica teriam aprofundado o relacionamento entre Olyntho
Silveira e Brasiliano Braz.
O livro “Brejo das Almas” é dividido em duas partes dis-
tintas. A primeira, da lavra de Yvonne Silveira, e a segunda, de
Olyntho Silveira.
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